quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Pontapé (de Lucho) na crise!


O FC Porto afastou hoje , de alguma forma, o fantasma da crise ao vencer (1-2) na Ucrânia o Dínamo de Kiev. A equipa de Jesualdo Ferreira esteve a perder, mas contou com a fortuna que lhe tem faltado noutras alturas para dar a volta ao resultado.

E também com o impulso transmitido pela entrada de Pelé e Hulk. Com o segundo golo, apontado por Lucho já nos descontos, os “dragões” colocam-se em boa posição para garantir o apuramento para a fase seguinte.

Jesualdo voltou a mexer na equipa. Deixou Tomás Costa de fora e colocou Tarik de início. Helton, que já não jogava desde a goleada que sofreu no terreno do Arsenal, regressou à titularidade. Mas a principal surpresa surgiu mesmo no lado esquerdo da defesa: Lino ficou no banco, Pedro Emanuel (um central de raiz) foi chamado a “improvisar”.

O filme do jogo teve muito daquilo que se passou nos últimos tempos. Em particular, da derrota no estádio do Dragão, precisamente frente ao Dínamo. Aos 7’, Raul Meireles imitou o que Lucho fez no primeiro encontro e enviou uma bola ao poste, desta vez com o guarda-redes Bogush a seguir o lance de perto. Seguiu-se um remate de Rodriguez. Mas, tal como aconteceu no jogo disputado no Porto, os campeões nacionais foram para o intervalo a perder. Desta vez o golo não aconteceu na sequência de um livre, mas sim de uma jogada de Milevski: o ucraniano ganhou o lance a Sapunaru e, à chegada de Rolando, rematou colocado para o fundo da baliza.

Apesar do resultado adverso ao intervalo, a equipa portuguesa não experimentava grandes problemas na defesa, até porque o Dínamo foi sempre uma equipa preocupada em segurar o resultado. Este é, de resto, um dos seus grandes trunfos: defende bem. O técnico Yuri Semin não gosta de correr grandes riscos. Mesmo assim, e contra a corrente do jogo, poderia ter aumentado a vantagem num remate de Nesmachniy, que El Kaddouri e Vukojevic, perante a passividade da defesa portista, não conseguiram desviar. A tudo isto, o FC Porto respondeu com um bom passe para a cabeça de Raul Meireles.

"Dragões" acertam nas substituições

Com a continuidade na Liga dos Campeões em risco, esperavam-se algumas alterações na equipa portista. E Jesualdo mexeu. Pouco, mas a equipa ganhou um novo fôlego. Tirou Tarik, que passou despercebido ao longo de toda a primeira parte, e colocou Hulk na frente de ataque.

Foi justamente o brasileiro a conseguir criar alguns problemas para a defensiva ucraniana, numa jogada individual quando estavam decorridos 51’. Mas, mais uma vez, a melhor oportunidade pertenceu ao Kiev, quando, aos 56’, Aliyev – o homem que marcou o golo no Dragão – surgiu solto na área a rematar para uma boa defesa de Helton.

Aos 67’, Jesualdo trocou Sapunaru por Pelé, passando Fernando para a posição de lateral direito. Logo a seguir, chegou o empate: livre de Raul Meireles, Rolando saltou mais alto à entrada da pequena área e fez o empate, de cabeça. Com a entrada do ex-jogador do Inter de Milão, os portistas melhoraram. E contaram também com a sorte que lhes faltou noutras alturas.

Ainda viram Emerenko rematar ao poste (87’) e, quando nada o fazia prever, um contra-ataque que começou num toque de classe de Hulk, terminou com uma assistência de Lisandro para o golo de Lucho. O golo de uma vitória que relança o FC Porto na competição milionária.

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